Quando começou, o Liliando era uma crônica por semana, reflexões, indicações e um pouco da vida na Dinamarca. Aí a vida roubou meu tempo e virou uma crônica quinzenal (nem tão quinzenal assim). Mas meus comichões por escrever não sossegam, então voltei ao formato que tem mais conteúdo e rezo pra ter tempo de seguir assim.
Não adianta, eu escrevo muito. Tem quem goste e tem quem não curta. Não pretendo agradar a gregos e troianos, mas posso facilitar a sua vida nesse novo formato da newsletter com um índice dos temas da edição - com links que te levam direto para a seção desejada. Uh la la! (espero que funcione quando publicada).
Edit: não funcionou 🤡
Hoje é um teste e por isso não teremos a crônica. As seções também não são fixas, mas quero muito saber sua opinião sobre essas novidades, então vou te pedir várias vezes pra comentar o que você achou :D
💭 Andei pensando - a seção da crônica, que hoje ficou de fora e deu espaço para as novidades abaixo.
🤩 Achei legal demais - uma curadoria de coisas que consumi ou me indicaram.
Hoje: 3 realitys de competição coreanos e por que viciam.👀 Vi por aí - imagens que fiz pelos lugares que fui por aí.
Hoje: o mundo monocromático das roupas dinamarquesas.👩🏫 Eu que fiz - um pouco do que tá rolando na vida corporativa.
Hoje: episódio novo do podcast Aquela Correria sobrefalando mal doNetworking.🎶 Ouve que lá vem história - músicas especiais comentadas.
Hoje: Mr. Jones - uma música que mudou 5 anos depois.
🤩 Achei legal demais: realitys de competição coreanos.
Um dos meus talentos ocultos é o fino gosto para programas de tv ruins, em especial reality shows de competição. Não me venha com programas de romance (exceto Casamento às Cegas que é tão, mas tão ruim que você precisa ir até o fim) e muito menos aqueles de gente pelada se pegando a praia. Detesto.
Meu negócio é ver gente que sabe fazer alguma coisa competindo! 🤔
A lista é longa e vai desde competição de drag queens até pintura corporal, passando por maquiagem, escultura em vidro, drinks e outras habilidades manuais.
E se você pensou em realitys de culinária, pensou errado. Enjoei desse nicho há alguns anos.
Mas fui pega por três programas coreanos da Netflix que te fazem grudar na tela e não querer sair mais. Se você curtiu Round 6, vai amar. Aqui ninguém morre, mas a competição é intensa, cheia der reviravoltas e conversas sobre honra e tratamento formal. Vá tratar alguém mais velho sem as devidas cerimônias pra você ver só:
1. A Batalha dos 100 (Physical 100):
Até eu duvidei de mim quando percebi que estava completamente vidrada em uma competição da galera da maromba. Sim, eles pegam 100 das pessoas mais marombadas da Coreia do Sul e colocam pra ver quem é o/a mais forte.
Na primeira prova - essa da foto acima - você já fica com os nervos a flor da pele e não para mais.
2. O jogo do diabo:
Ô nome ruim.
Aonde que “Jogo do diabo” tem a ver com um grupo de sub-celebridades sul-coreanas, consideradas bem inteligentes, colocados a prova em jogos de inteligência, estratégia e influência?
Tem uma pegada jogo de escape, mas com desafios MUITO mais elaborados. Sem sustos, sem mortes, só os diferentes tipos de inteligência colocados a prova. Impossível não terminar.
A profissional de RH que habita em mim já queria colocar várias provas em processos seletivos MHUAHUAHUAHAU.
3. Sirena - sobrevivendo à ilha
Tens problemas cardíacos? Não veja.
Eu e todas as pessoas que indiquei e assistiram relataram o mesmo nível de emoção. Teve prova que pedi pro Bonitão ver comigo de TÃO NERVOSA que fiquei.
É tipo um pique-bandeira nível extremo. São 6 equipes de 4 integrantes, cada uma representando uma profissão: policiais, dublês, bombeiros, atletas, guarda-costas e soldados. Cada equipe tem uma base e, durante as batalhas, precisam criar estratégias para roubar uma bandeira inimiga sem perder a sua.
Detalhe: as equipes são formadas somente por mulheres 💪
Preparem a pipoca e reservem boas horas para esse entretenimento todo!
👀 Vi por aí: o mundo monocromático das roupas dinamarquesas
Precisava comprar algumas blusas de manga comprida por conta do frio que chegou de vez por aqui. Resolvi entrar numa H&M para ver o que tinha por lá e me deparei com um moletom lindo demais de Stranger Things (amo roupas nerds). Passeei mais alguns minutos vendo algumas opções interessantes com cores legais aqui e ali até perceber que estava na seção infantil 😳
Fui pra seção adulta e fiquei completamente decepcionada com a falta de cores. Só fiquei na loja o tempo suficiente para me certificar de que não havia nenhum item colorido para adultos e registrar com imagens o tédio cromático da loja.
👩🏫 Eu que fiz: novo episódio do podcast Aquela Correria
Tenho um podcast com uma amiga chamado Aquela Correria onde desnormalizamos a rotina corrida do trabalho com informação e bom humor.
É um jeito bonito de dizer que a gente fala mal do trabalho corporativo, mas com a intenção de tentar fazê-lo um lugar melhor :D
Está no Spotify e em quase todas as outras plataformas de streaming :)
🎶 Ouve que lá vem história: Mr. Jones
Posso considerar essa canção de 1993 do grupo Counting Crows como uma das minhas preferidas. Quando eu tinha uma banda, era uma das minhas músicas favoritas de cantar, apesar de ter demorado uma eternidade para gravar a letra. Ou melhor, nunca gravei 100%, confesso.
Como conheci o Bonitão nessa banda (ele era o guitarrista, uh!), reunimos nossa trupe para tocar no nosso casamento e Mr. Jones quase ficou fora do setlist. “Quase”, porque minhas amigas levaram UMA FAIXA para pedir que a gente tocasse. Tipo tiete de show 🥰
Você provavelmente já ouviu, mas se não, segue aqui embaixo, porque quero falar de uma versão que veio 5 anos depois dessa.
A extensa letra de Mr. Jones fala sobre o sonho da fama de dois amigos e como isso os faria ter mais mulheres, serem mais legais e por isso mais amados e não ficariam sozinhos.
É uma música com um tom esperançoso que termina com a seguinte frase:
“Mr Jones and me…we’re gonna be big stars.”
E depois de ouvir algumas vezes você acredita nisso. Não tem como dar errado, sabe?
Até que, no álbum ao vivo da banda chamado “Across the wire”, lançado cinco anos depois, veio essa versão:
O tom mudou. Ela tem uma aura saudosista, como se as mesmas frases agora se referissem a algo que passou e não a um sonho futuro.
A primeira mudança é no início, ela começa com os primeiros versos da música “So you want to be a rock 'n' roll star” do The Byrds de 1967, quase como um recado de quem já tentou fazer isso antes:
So you want to be a rock and roll star?
Then listen now to what I say
Just get an electric guitar
Then take some time and learn how to play
As pequenas mudanças na letra, quase imperceptíveis para quem não precisou decorar prestar atenção, trazem uma enorme amargura, como, por exemplo:
ANTES: “We all wanna be big, big stars / Yeah, but we got different reasons for that.”
DEPOIS: “We all wanna be big big big big big stars / Yeah but then we get second thoughts about that.”
Ou ainda:
ANTES: “…I don't believe in anything / And I wanna be someone to believe, to believe, to believe.”
DEPOIS: “…I don't believe in anything / And I don't wanna be someone to believe / You should not believe in me.”
Até que chegamos ao fim. Na primeira versão eles terminam querendo ser “big stars”, mas agora a música termina com:
“Mr. Jones and me… we don’t see each other much…anymore.”
Apesar de ser a mesma música, a nova versão fala de coisas totalmente diferentes e isso me fez curtir ainda mais - adoro músicas tristes. E enquanto a galera aplaude na gravação ao vivo, eu fico refletindo nas nuances dessas mudanças enquanto a coloco no loop pra ouvir de novo e de novo 🌻
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As cores são frias pra combinar com esse clima maravilhoso kkkk -help!
Achei legal em topicos e as dicas. Pra mim, fica um pouco confuso com muito emoji, mas isso é pessoal. Voce tem muitos interesses e colocar tudo junto aqui é muito bom!