🤯 Caos eterno de uma mente em constante mudança
Bjaolkjdsi jsk eruoaisjdoaij flantchekiudhj jhs rbgatgd sdkjskj skdhj, e por aí vai.
English version is here :)
Estou há dias pensando no que escrever e me parece que só ideias ruins vem à mente. Não são péssimas, nas não chegam a ser interessantes. E então eu oscilo entre “não escreva sobre qualquer coisa, você não é obrigada” e uma culpa de não ter nenhuma ideia genial para entregar a você - que em algum momento julgou que esse espaço da internet valia sua inscrição.
E então vem as notícias: Israel e Palestina, a questão do casamento homoafetivo no Brasil, fumaça das queimadas em Manaus, milhares de pessoas morrendo ou em sofrimento porque tem um monte de imbecil de nariz em pé tomando decisões sobre assuntos que não os dizem respeito e estão há léguas das suas realidades.
Eu deveria comentar as notícias? Deveria escrever sobre as notícias? Vou parecer alienada? Vou parecer politizada demais – o que definitivamente não sou. Deveria ser mais politizada?
Pera, primeiro tem os boletos.
Porque no meio disso vem o dinheiro, que por sua vez só é obtido por meio de trabalho, penso eu. Preciso trabalhar, ir atrás de projetos, tocar os projetos em andamento, produzir conteúdo e continuar a estratégia de redes sociais.
Redes sociais, ê laia.
Esse lance de trazer conteúdo profissional pro meu Instagram pessoal ainda me traz questionamentos diários. Vai valer a pena? Tá dando certo? Quando vai dar certo? “Só continua fazendo o plano combinado até o final do ano, só vai.” – fico ouvindo a voz da Gabi que me traz à razão e mantém meus monstros criativos canalizando para o lugar certo.
Mas se eu só ficar falando de trabalho nas redes sociais, não vou parecer uma alienada que não fala das notícias do mundo? Eu nem tenho respaldo pra falar de notícia nenhuma, sofro como a maioria pela dor do que está distante, torcendo para que nada disso chegue perto.
Egoísmo? Ou falta de tempo? Porque no meio disso a vida tá passando.
A gente coloca o feed da rede social pra passar na frente, porque o que tá por trás dá ainda mais trabalho: criar rotina, cuidar da saúde, da alimentação, estudar, cultivar relações, cuidar da casa. Prefiro nem pensar nisso. Tem série nova na Netflix?
Minha mãe vem visitar no final do mês (pensa em roteiro, pensa em dinheiro, pensa em tudo o que já foi falado na terapia). Semana passada eu estava num evento na Alemanha “Ah, não pode reclamar da vida, né?” Nem da vida e nem dos 23 trens que tive que pegar em 4 dias porque o sistema de trens alemães é caótico e ninguém acredita nisso porque são alemães, né?
Parece perrengue chique, mas como encaixa uma rotina razoável nessa agenda caótica em que nada parece ter lugar fixo?
Qual é a prisão em que vive quem é dono do seu tempo?
Uma dessas prisões, no meu caso, é o cárcere criativo: uma sala enorme, sem portas, onde eu tento amansar todas as ideias e vontades do meu monstro da criação. Não falem mal dele, tenho apreço, mas às vezes ele fica meio incontrolável, ainda mais agora na TPM. E se eu não dou vazão, ele berra: “Porque desperdiças seu tempo de vida, suas ideias e seu potencial criativo fazendo o que todo mundo faz?”
Por ele, eu já teria escrito meu livro de ficção, algum livro de trabalho, não deixaria a poeira acumular nas canetas e pinceis de Lettering, teria criado um ARG genial, teria mais frequência nas crônicas, um Instagram de frases e reflexões, cozinharia mais, seria escritora em tempo integral (ganhando pra isso, né!) e é claro, teria encontrado um meio de continuar a cantar aqui na Dinamarca.
E o que eu fiz para controlá-lo? Passei dois dias cantarolando pela casa uma ária de Henri Purcell chamada “Oh Let me weep” que eu apresentei alguns anos atrás. yey.
Ok, são 8h06. É hora de recolher essas peças soltas e colocar tudo de volta na caixa. Depois a gente arruma.
Hora do café (devo tomar café todo dia?), do pãozinho com manteiga (e a alimentação saudável?) e me ancorar na solidez da lista de tarefas de hoje. Estudar dinamarquês, passear com minha cachorra, construir os materiais do meu próximo workshop, divulgá-lo, fazer reunião de podcast novo – falando assim parece até que tá tudo em ordem. Talvez eu devesse falar essas coisas em voz alta para olhar o copo meio cheio.
Se são essas tarefas que vão me levar mais longe, não tenho como saber, mas tocar um dia por vez já alivia a culpa e o caos.
E bora passar um bom café coado que depois tudo se ajeita ☕
Sigo uma newsletter que oportunamente acabou de chegar na minha caixa de entrada enquanto eu publicava essa edição, se chama:
Fica aqui a recomendação dessa news da
🌻E como já tá tudo junto e misturado, segue a divulgação do workshop aberto e gratuito que eu vou dar no final desse mês. Garanto pra vocês que quem participar vai encontrar uma Lili tão segura e presente que nem vai parecer a mesma pessoa que escreveu esse texto :D
Agora em outubro teremos nosso segundo encontro sobre Comunicação, com um workshop online gratuito para mostrar como usar as habilidades de apresentação para melhorar suas reuniões, conversas e, é claro, te ajudar a fazer apresentações com muito mais qualidade ̶e̶ ̶n̶ã̶o̶ ̶d̶e̶i̶x̶a̶r̶ ̶n̶i̶n̶g̶u̶é̶m̶ ̶c̶o̶m̶ ̶s̶o̶n̶o̶! 😇
Ligue sua câmera, pegue papel, caneta e um café, e se junte a nós em um conteúdo divertido e atividades que podem mudar o jeito com que você se comunica no trabalho.
📬E não esquece de encaminhar esse convite para quem você acha que pode aproveitar esse encontro também!
📆 Já coloca na agenda: quarta-feira, 25/10, das 18h às 19:30h.
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Você receberá as informações de acesso dois dias antes do encontro.
Adorei !! Sua escrita um tanto quando caótica faz a gente se identificar.. tô amando ler suas news